domingo, 27 de julho de 2014

CAIXAS NEGRAS CONFIRMAM MÍSSIL COMO CAUSA DE QUEDA DO VOO MH17

Local do despenhamento do Boeing 777 do voo MH17   Foto:DigitalGlobe


Os primeiros dados obtidos das caixas negras do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que se despenhou no leste da Ucrânia, são consistentes com uma explosão causada por um míssil, revelou hoje a cadeia norte-americana CBS News.

A CBS News cita fontes europeias próximas da investigação sobre o desastre com o voo MH17, no qual morreram 298 pessoas, que indicam que os dados confirmam "uma massiva descompressão explosiva" e o impacto de múltiplos fragmentos de estilhaços de um míssil.

As caixas negras tinham sido entregues às autoridades malaias pelos rebeldes pró-russos que controlam a região ucraniana onde caiu o avião, tendo sido levadas para um laboratório no Reino Unido para análise.

Grupos de investigadores malaios, holandeses e australianos tem estado durante os últimos dias no local da queda do avião, em plena zona de conflito entre as forças armadas ucranianas e os separatistas pró-russos, para analisar os restos do avião. Os especialistas encontraram sinais de impacto de estilhaços na fuselagem, indicadores de que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar.

Segundo os serviços de informações norte-americanos, a causa mais provável da tragédia foi o lançamento de um míssil SA-11, que terá sido fornecido pela Rússia aos rebeldes da região de Donetsk, que terão derrubado o avião de passageiros ao confundi-lo com um avião militar.




sábado, 26 de julho de 2014

DIREÇÃO DO INAC À ESPERA DO GOVERNO



O regulador da aviação está há quase cinco meses com uma administração fragilizada, depois do vice-presidente se ter demitido em Março por incompatibilidades com a lei-quadro das entidades supervisoras. A saída não chegou a ter deferimento do Ministério da Economia, mas acabou por se materializar em Abril, por motivos de baixa médica.

Esta semana, foi publicado um despacho em Diário da República que delega as funções de Paulo Figueiredo Soares no presidente e no vogal da administração. O Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) é um dos seis reguladores que aguarda, há quase nove meses, que o Governo aprove a adaptação dos estatutos à nova legislação – um passo determinante para a futura gestão.

Paulo Figueiredo Soares teve de renunciar ao cargo no início do ano, porque acumulava a vice-presidência do INAC com um vínculo à TAP, onde trabalhou como piloto. Uma situação que a lei-quadro dos reguladores, que entrou em vigor em 2013, veio proibir, já que estabelece que os administradores destas entidades não podem ter “qualquer vínculo ou relação com empresas” que supervisionem. O diploma definia um prazo máximo de seis meses para que os visados pusessem termo às incompatibilidades, o que levou à renúncia do administrador.

No entanto, a demissão não chegou a ter deferimento por parte do Ministério da Economia, o que fez com que o vice-presidente se mantivesse em funções, mesmo em violação das normas legais. No entanto, a 21 de Abril, Paulo Figueiredo Soares deixou o cargo por motivos de saúde, estando, desde então, de baixa médica. A situação é descrita, embora sem pormenores, no despacho publicado segunda-feira em Diário da República, em que o presidente do INAC distribui os pelouros do seu vice-presidente pelos restantes dois elementos da administração.

“Sucede que o vice-presidente do conselho diretivo, comandante Paulo Alexandre Ramos de Figueiredo Soares, se encontra impossibilitado do exercício pleno de funções, desde 21 de Abril de 2014, e não sendo possível prever o seu regresso, o conselho directivo do INAC entende que importa proceder a uma reorganização interna das unidades que se encontravam a seu cargo, de modo a garantir o normal e regular funcionamento dos serviços e a gestão dos recursos humanos afectos àquelas áreas”, lê-se no documento assinado pelo responsável máximo do regulador da aviação, Luís Trindade dos Santos.

A administração do INAC termina o mandato em Novembro e, apesar de a lei-quadro impedir a recondução das equipas de gestão dos reguladores, uma versão dos novos estatutos do supervisor da aviação abre a porta à continuidade do actual conselho directivo, como o PÚBLICO noticiou em Março. Uma possibilidade que sempre foi defendida por Trindade dos Santos, mas que tem dividido o executivo.

A adaptação dos estatutos já deveria ter ocorrido em Novembro, mas continua sem ver a luz do dia em seis supervisores. Apenas os da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (o antigo IMT) foram publicados em Diário da República, e os da Autoridade da Concorrência aprovados em Conselho de Ministros. Só quando o Governo der este passo, que faz parte das exigências da troika para reforçar os poderes e a independência das entidades reguladoras, se saberá o futuro da administração do INAC, que passará a designar-se por Autoridade Nacional da Aviação Civil. 

Nota do Pássaro de Ferro: Tal como ontem noticiámos, a falta de certificação do INAC é a principal causa pelo atraso no início de operação dos novos aviões da TAP, que tantos transtornos tem causado a passageiros e prejuízos à transportadora aérea nacional. Até que ponto a instabilidade na direção do INAC tem tido influência nos atrasos do seu funcionamento, não é possível avaliar. O que se pode afirmar com toda a certeza, é que de bom nada traz.

Fonte: Público
Adaptação: Pássaro de Ferro

sexta-feira, 25 de julho de 2014

MINISTRO DA ECONOMIA FALA SOBRE SITUAÇÃO NA TAP - Opinião



O ministro da Economia, Pires de Lima, falou ontem (24/7/2014) em Luanda a propósito do período conturbado que se vive na maior transportadora aérea nacional, com sucessivos cancelamentos de voos e avarias.

"Estes cancelamentos e estes atrasos não são seguramente uma coisa boa e devem ser um motivo de reflexão para a administração da TAP e para todos nós" disse Pires de Lima, assegurando que o Ministério da Economia tem "acompanhado de perto" a "evolução operacional da TAP", demonstrando preocupação com a sucessão de atrasos e cancelamento de voos, uma vez que é "a imagem de Portugal, também, que está em causa. Nós temos a obrigação, enquanto Ministério da Economia, de pedir à administração da TAP que recupere operacionalmente a normalidade das operações na TAP num tempo curto. E essas expectativas foram criadas pela própria administração, para as próximas semanas e durante o mês de Agosto", continuou Pires de Lima. "Essa é a expectativa que a administração da TAP criou e que nós, Governo, queremos ver cumprida", enfatizou.
Ainda ontem,  a TAP confirmou o cancelamento de 37 voos agendados até sábado, justificando a decisão com o atraso em ter operacionais seis aviões alugados, cujas causas considera a TAP ser "totalmente alheia". 

Pires de Lima, pretende perceber o que correu mal em todo o processo: "A seu tempo, com calma, com tranquilidade, com serenidade, durante os meses de Setembro e Outubro, eu acho que é preciso aprofundar as razões desta crise de crescimento que se verificou na TAP e que perturba o serviço e a vida das pessoas. Nós temos de compreender isso, para que estas situações não se voltem a repetir no futuro". Apesar das dificuldades operacionais sentidas pela companhia, o governante reafirma que a TAP "continua a ser uma empresa tão segura como sempre foi no passado", mas assume que a situação actual, com várias suspensões de voos e atrasos, "prejudica a vida das pessoas".

Segundo o Pássaro de Ferro conseguiu apurar, o atraso na entrada em serviço das aeronaves alugadas, prende-se com a certificação do INAC para que possam operar com matrícula nacional. O caso, com notáveis prejuízos para a TAP, bem como incómodos para os seus clientes, não deixa de ser sintomático dum país sobrecarregado de burocracias e processos absurdamente morosos e complexos. Como se não bastassem as dificuldades causadas pela natural lei da concorrência e dos mercados, em Portugal é necessário lutar também contra os obstáculos causados pelo próprio Estado.

Fica por isso uma sugestão no ar para o sr. Ministro refletir: se os aviões estavam a voar até serem entregues à TAP, seria mesmo necessário um processo tão complicado para continuarem a voar, só por terem agora as cores da TAP?




quinta-feira, 24 de julho de 2014

AEROPORTO DE BEJA IRÁ SERVIR PARA DESMANTELAR AERONAVES

Foto: ANA Aeroportos

Jorge Ponce de Leão, presidente do conselho de administração da ANA-Aeroportos de Portugal garantiu nesta quarta-feira durante uma entrevista a José Gomes Ferreira no programa “Negócios da Semana”, na SIC Notícias, que o futuro da unidade aeroportuária de Beja não estará “necessariamente” associado ao tráfego de passageiros. Para complementar o negócio da aviação civil, que não é considerado prioritário, irá ali ser instalada uma empresa especializada em “desmantelamento de aviões”. As negociações estão “muito avançadas” para que a sua instalação se concretize “a curto prazo”, adiantou o presidente da empresa.

O investimento entretanto efectuado na construção do novo aeroporto “já não é um problema” para o contribuinte. Os cerca de 34 milhões de euros que custou a infra-estrutura, sem contar com os encargos já suportados com juros e manutenção do equipamento, “foi descontado no preço pago pela concessão” da ANA - Aeroportos de Portugal à empresa francesa Vinci, revelou Ponce de Leão. Uma auditoria do Tribunal de Contas realizada em 2010 ao Aeroporto Civil de Beja concluía que o empreendimento custaria “74 milhões de euros”.

O projecto dimensionado e apresentado para "promover o desenvolvimento da região" baseado em actividades ligadas ao transporte de passageiros e carga, à indústria aeronáutica (produtos semiacabados, de fabrico de componentes aeronáuticos ou de manutenção de aeronaves) e formação e logística foi contemplado com um parque de sucata. É um “negócio florescente”, fundamental para viabilizar uma infra-estrutura que “ainda apresenta resultados negativos”, reconhece o presidente da ANA, admitindo que o panorama será invertido com o negócio do desmantelamento de aeronaves.

A solução avançada por Ponce de Leão já tinha sido aflorada pela ANA no final de 2009. Naquele ano já se admitia que o Aeroporto do Alentejo iria ter "um arranque muito difícil".

Como não eram conhecidos operadores interessados em utilizar o aeroporto, a ANA estabeleceu naquele ano que a primeira fase de utilização do novo equipamento passaria pelo parqueamento de aviões inactivos que ocupavam espaço noutros aeroportos. E só então, “lá para 2014, é que se pode pensar no tráfego de passageiros".

João Rosa, proprietário de uma unidade hoteleira, está apreensivo quanto o futuro: “Não sei por quanto tempo vamos manter o hotel aberto”, um projecto em que acreditou, convencido que o aeroporto iria trazer um fluxo de turistas estrangeiros que não se confirma. “Faz que anda mas não anda”, queixa-se João Rosa, frisando que só durante a final da liga dos campeões europeus, com o estacionamento em Beja de 25 aeronaves de passageiros, é que “o negócio animou alguma coisa” durante dois dias com as tripulações que se alojaram na sua unidade hoteleira. “Ora isto não é nada”, reage o empresário, lamentando o seu “atrevimento” em avançar para um investimento feito com base em empréstimos bancários e que está agora ameaçado com o anúncio da ANA que prioriza o desmantelamento de aviões em detrimento da componente passageiros e carga.

O aeroporto do Beja, descrito por José Sócrates em 2007 como "um baixo investimento para um grande benefício", dimensionado para dar apoio à componente turística então anunciada para a zona de Alqueva, ficou pelo caminho. Até ao momento, nenhum dos 12 projectos PIN programados, orçados em cerca de mil milhões de euros, iniciou obra. E duvida-se que alguma vez este tipo de empreendimentos turísticos de grande dimensão, que traria 22.500 turistas estrangeiros à região, conheça a luz do dia.

Fonte: Público

quarta-feira, 23 de julho de 2014

NOVIDADE NA AVIAÇÃO CIVIL: ÓCULOS PARA NEVOEIRO

Foto: Elbit Systems

Os Skylens são óculos inteligentes, com sensores e ligação a câmaras na frente do helicóptero que permitem ver para lá do nevoeiro.

O sistema vai permitir que helicópteros e pequenas aeronaves possam aterrar em segurança, mesmo com condições meteorológicas adversas. Os Skylens recebem vídeo através de câmaras colocadas na frente da aeronave ou do helicóptero, há informação sobre o tráfego local de outras aeronaves e uma câmara do tamanho de um isqueiro monitoriza os movimentos de cabeça do piloto para mostrar as imagens de forma sincronizada.

"Isto permite ao piloto ter muito mais confiança de que pode olhar para diante e ver como tudo estivesse normal", diz Dror Yahav, da Elbit Systems, a empresa israelita que desenvolveu o sistema, citado pela New Scientist.

Os Skylens podem ser sincronizados com outros aparelhos que já estejam a bordo de aviões e helicópteros, como por exemplo, com o sistema de radar, com o velocímetro ou com o altímetro.

Foto: Elbit Systems

O sistema é uma espécie de versão civil do Head Up Display (HUD) usado na aviação militar e pode ser aplicado mesmo em aeronaves antigas.
Foi testado por mais de 150 pessoas em diferentes condições e aeronaves, aguardando certificação das autoridades, esperando o fabricante entrar no mercado em 2016.

Fonte: Exame Informática 
Adaptação: Pássaro de Ferro
 

domingo, 20 de julho de 2014

AEROPORTO DE LUANDA COM SEGUNDA MAIOR PISTA DE ÁFRICA

Imagem:Skyscraper City

O Novo Aeroporto Internacional de Luanda terá a segunda maior pista de África, atrás apenas de uma das duas do aeroporto internacional Oliver Tambo, na África do Sul, que tem 4418 metros de comprimento. A pista norte do futuro aeroporto da capital terá 4.200 metros.

Com quatro mil metros cada, duas pistas de dois aeroportos egípcios (Aeroporto Internacional do Cairo e Aeroporto Internacional de Hurghada) estão depois no ranking, seguindo-se outra pista de 3999 metros do aeroporto internacional do Cairo e a de 3900 do aeroporto de Murtala Muhamed, para além da de 3800 metros do aeroporto de Bole, Addis Abeba.

Numa altura que se desconhece ainda outros detalhes operacionais do futuro aeroporto de Luanda - sobre o movimento de passageiros, cargas e aeronaves apenas existem estimativas - o tamanho da pista coloca a infra-estrutura entre as maiores de África. Este 'pormenor' dá ao aeroporto a capacidade para receber grandes aeronaves, mas está longe de ser uma garantia de consideráveis movimentos aeroportuários.

Novo terminal do Aeroporto Internacional de Angola    Imagem:Skyscraper City

A pista do terceiro aeroporto mais movimentado do mundo, o de Heathrow, em Londres, com 70 milhões de passageiros em 2013, é inferior, por exemplo, à do 10.º mais movimentado (cerca de 58 milhões de passageiros), o aeroporto internacional do Dubai. Este tem duas pistas com 4000 e 4300 metros de comprimento, enquanto as pistas do aeroporto de Londres têm 3600 e 3900 metros.

Já o aeroporto internacional de Atlanta, nos EUA, destaca-se por ser aquele que mais pistas tem (5), facto que, segundo os especialistas do sector, tem mais influência nos movimentos aeroportuários. Em África, apenas o aeroporto internacional do Cairo tem mais de duas pistas.

Fontes conhecedoras do processo do aeroporto de Luanda garantem, contudo, que dotar a infra-estrutura de mais pistas seria um investimento desnecessário. E dão dois argumentos. Primeiro, defendem que o movimento aeroportuário no país não terá, nos próximos anos, um crescimento excepcional, ao ponto de as duas pistas serem insuficientes. Por outro lado, Luanda passará a contar com quatro pistas, se se incluir as duas do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro - com 3700 metros de comprimento, uma, e 2600 metros, a outra.

Recentemente, o PCA da ENANA, Manuel Ceita, garantiu que o novo aeroporto de Luanda irá permitir a recepção de grandes aeronaves, incluindo o Airbus A380, o que pode colocar Angola entre os pontos de escala de eleição das companhias.

"O novo aeroporto vai trazer grandes ganhos ao país, porque vai constituir-se não só como um ponto de escala, mas também num ponto final, permitindo a recepção de grandes aeronaves, e terá um centro de logística que vai convergir com serviços e meios de transporte", disse. Por isso, afirmou, a infra-estrutura irá permitir mais tráfego na zona central e sul de África.

Actualmente, operam no país cerca de 20 companhias, e o número de passageiros que se movimentam, anualmente, no Aeroporto 4 de Fevereiro está próximo do limite - cerca de 3,6 milhões de passageiros, segundo dados recentes da ENANA. De acordo com a empresa que gere os aeroportos nacionais, na capital há 150 voos diários, entre internacionais e domésticos.
 
O novo Aeroporto Internacional de Luanda está a ser construído numa área de 1324 hectares, terá 31 mangas e, com as suas duas pistas, terá capacidade para movimentar cerca de 15,3 milhões passageiros/ano. Se se usar este indicador como critério, o aeroporto será, também, um dos mais importantes do continente africano: o aeroporto internacional de Oliver Tambo, em Joanesburgo, por exemplo, tem capacidade para 15 milhões de passageiros por ano, o que o coloca entre os 100 mais movimentados do mundo, na 73.ª posição.

No entanto, estes indicadores estão distantes dos números do Top10, liderado pelo aeroporto internacional de Hastsfield, Atlanta, com mais de 95 milhões de passageiros por ano. Seguem-se os aeroportos internacionais de Pequim, na China, Heathrow; Tóquio (Japão) e Chicago (EUA), com, respectivamente, 82 milhões, 70 milhões, 66,7 milhões e 66,6 milhões de passageiros por ano. 

Fonte: Jornal i

quinta-feira, 17 de julho de 2014

DESPENHAMENTO DE AVIÃO DA MALAYSIA AIRLINES (Em atualização)


As agências de notícias estão a dar conta de um acidente grave e fatal com um Boeing 777-200 da Malaysian Airlines, numa zona de fronteira entre a Ucrânia e a Rússia. O avião descolou de Amesterdão e rumava a Kuala Lumpur, capital da Malásia. O avião caíu perto de Donetsk, na Ucrânia, onde decorrem confrontos entre a Ucrânia e a Rússia.
As mesmas agências referem 295 mortos, ou seja a totalidade dos ocupantes do avião.
A notícia, como é evidente, ficará a aguardar desenvolvimentos, sendo que correm já rumores que referem que o avião poderá ter sido abatido, uma vez que a região está envolvida num conflito que teve a sua génese com a crise na Krimeia.
Seja como for, a Malaysian Airlines está, de novo no topo da atualidade, pelos piores motivos, através de uma notícia que continuaremos a acompanhar.

Nota: Existem já várias imagens no Youtube e fotos em diversas páginas que reportam uma enorme coluna de fumo negro e já outras que revelam destroços do avião.
Por opção editorial, não as divulgaremos no Porta de Embarque 04/Pássaro de Ferro.

Screenshot do Flightradar 24:



Atualização (16:45h): Ministro do Interior Ucraniano diz que avião foi abatido e que não há sobreviventes.

Atualização (17:25h): Fontes do Ministério do Interior da Ucrânia referem que o avião voava a 10 mil metros e terá sido abatido por um míssil.

Atualização (17:30h): Uma outra versão aponta para "um engano", uma vez que se alega que o míssil que terá atingido o Boeing 777 se destinava a uma avião militar de transporte Il-76 da Ucrânia (tal como sucedeu a 14 de junho passado), mas que desta vez voava numa rota similar à do avião Malaio.
Os separatisas afirmam que não possuem armas capazes de abater um avião que voe a altitudes da ordem dos 10 mil metros.
Já do lado governamental ucraniano, é referido que "não existem forças de defesa nem tropas ucranianas na zona", apontando o dedo acusador a forças russas, essas sim possuidoras de armamento capaz de abater uma aeronave a 10.000 metros de altitude.
A agência russa Interfax avança mesmo com a informação que o sistema anti-aéreo usado terá sido o 9K38 Buk de fabrico russo.


Sistema SAM 9K38 Buk       Foto:Wikipedia

Entretanto, através do Flightradar24 é possível ver os voos comerciais que normalmente atravessariam a zona onde ocorreu o sinistro, a evitarem cruzar tal espaço aéreo:

Imagem: Flightradar 24 via RT

Durante o dia de ontem, 16 de julho, há relatos oficiais de que dois Su-25 ucranianos foram alvejados por mísseis, embora em condições diferentes. Alegadamente um terá sido atingido por um míssil ar-ar e o outro por um míssil de ar-terra de curto alcance.

Atualização (21:00):
Embora com algumas informações contraditórias, a cadeia noticiosa russa dá conta de que o avião presidencial de Vladimir Putin estaria no ar ao mesmo tempo que o 777 da Malaysia, e ter-se-ão mesmo cruzado em voo sobre a Polónia. As aeronaves têm, além disso bastantes semelhanças de aspeto, como se pode ver pela imagem abaixo.


O avião do presidente russo contudo, não sobrevoou a Ucrânia, nem o faz já há bastante tempo, segundo fontes em Moscovo.


DE ALERTA... EM ALERTA!



Transcrição integral de comunicado da  Comissão de Trabalhadores da TAP divulgada hoje:

"A Comissão de Trabalhadores da TAP, face às sucessivas notícias que colocam em causa a operação da empresa e a segurança, com grande eco nos meios de comunicação social, não pode deixar de tomar uma posição junto dos trabalhadores, assim:

-Há muito que temos vindo a alertar, que a TAP foi lançada num processo de crescimento não sustentado, ou no mínimo, mal planeado, tendo em conta, quer as possibilidades da frota, quer dos recursos humanos disponíveis.
Lamentamos que, quer o Governo, quer a Administração tenham ignorado os sucessivos alertas, colocando como objectivo primeiro, o embelezar da empresa para a privatização, em sacrifício do regular funcionamento da sua operação, que tem vindo a ser sujeita a uma pressão tão inacreditável quanto irresponsável, o que satisfazendo a necessidade imperiosa de alguns quererem brilhar, pode colocar em causa o bom nome conquistado ao longo de décadas com o esforço de todos os trabalhadores. Nada mais volátil que a confiança.

-Há muito que temos vindo a alertar, em particular o poder político para o facto de a TAP, inserida num ramo de actividade altamente competitivo, não poder estar sujeita a um tratamento igual para o que é substancialmente diferente! Não concorremos com as restantes empresas do sector dos transportes, do sector empresarial do Estado, com todo o respeito que todas elas nos merecem.
A política remuneratória seguida (ultrapassados já quatro anos de congelamento salarial) tem sido sempre sob a justificação do Divino Orçamento de Estado, o grande contributo para a saída de profissionais desta empresa para o exterior, o que, em grande medida tem sido um grande contributo para fazer emergir algumas dificuldades que se têm vindo a manifestar. Tudo na vida tem um timing – até a transmissão do saber!

-Há muito que temos vindo a alertar, para as consequências ruinosas do negócio da VEM (Manutenção Brasil), cujos contornos até hoje, permanecem debaixo de uma nuvem negra e uma total ausência de explicações para o muito dinheiro já investido. Tendo em conta que o direito ao trabalho é universal, nada nos move contra os trabalhadores daquela unidade de negócio, contudo, sentimo-nos no direito de questionar toda a conduta deste processo.

É urgente por cobro a esta situação, a esta ideia fixa de privatizar esta empresa a todo o custo.
É urgente que o poder político consiga aprender com asneiras anteriores já praticadas, e passe a fomentar o desenvolvimento da TAP como pode e é da sua responsabilidade.

Lamentamos profundamente toda a campanha de boatos e algum tratamento até alarmista dado por alguma comunicação social onde é notório o desconhecimento do funcionamento e profissionalismo da TAP e dos seus Trabalhadores.

A Comissão de Trabalhadores da TAP Portugal
Lisboa, 16 de Julho de 2014 "





quarta-feira, 16 de julho de 2014

FORTE TURBULÊNCIA NUM VOO DA SOUTH AFRICAN

A340-300 da South African Airways. Foto não creditada.

«Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas, duas delas com gravidade, durante um voo procedente da África Sul com destino a Hong Kong atingido por turbulência, informou hoje a polícia.
Entre os feridos há 13 mulheres e 12 homens. Os dois homens gravemente feridos foram hospitalizados em Hong Kong.
Televisões locais mostraram ambulâncias no aeroporto de Hong Kong a transportarem os feridos, que estavam a bordo de um avião da South African Airways procedente de Joanesburgo, que aterrou em Hong Kong pelas 12h30 (05h30 em Lisboa).
As autoridades aeroportuárias de Hong Kong disseram ter recebido uma notificação do piloto do avião durante o voo solicitando os serviços de emergência para a aterragem. 
O avião era um Airbus A340-300, segundo a AFP.
As autoridades não confirmaram o número de passageiros a bordo.»
Fonte: Semanário Sol/Lusa

segunda-feira, 14 de julho de 2014

AVIÃO A330 ENVOLVIDO NO INCIDENTE DE SÁBADO JÁ ESTÁ OPERACIONAL

Airbus A330 CS-TOO já na placa do Aeroporto de Lisboa, pronto para voltar ao serviço operacional. 
Foto: Gonçalo Rodrigues, via Daniel Lourenço.

O Airbus A330 CS-TOO envolvido no incidente de sábado passado, já está operacional, depois de intervencionado pelos (TMA) técnicos de manutenção de aeronaves da TAP Portugal ME - Manutenção e Engenharia.
Em pouco pouco mais de 24 horas, a aeronave foi dada como apta para o serviço, tendo efetuado já ontem o voo Lisboa-Recife (Brasil) - Lisboa onde chegou esta manhã e já partiu para outro voo, rumo a Bogotá - Colômbia, num notável e bem sucedido esforço para resolver um problema, com vista à regularização das operações na companhia aérea de bandeira portuguesa.
Uma notícia positiva, que não podemos deixar de dar, depois de alguns dias pouco "simpáticos" para a TAP Portugal.

sábado, 12 de julho de 2014

PARA ONDE VAIS, TAP? (Atualizado 17:49h com comunicado da TAP)

 Screenshot do Flightradar24, reportando os problemas com o TP85.
 Crédito da imagem: Nuno Pires/Plane Spotters Portugal.


Hoje de manhã, registou-se mais um problema com um A330 da TAP (CS-TOO) que iniciava viagem de Lisboa para o Brasil/São Paulo.
Nas redes sociais refere-se um problema/falha num dos motores, o que obrigou a fuel dumping ao largo da costa para depois uma aterragem de emergência na pista 03 de Lisboa. Outras fontes "alegam" que houve uma "explosão" num dos motores da aeronave e que peças que se soltaram como resultado dessa "alegada" explosão terão danificado alguns veículos em Camarate. Sendo factos relativamente comuns em operações aéreas, produzem sempre um efeito negativo, sobretudo pela forma como por vezes são abordados.
Ainda assim, é um dado adquirido que estes "percalços" estão a avolumar-se, lançando preocupantes interrogações sobre a forma como a TAP está a gerir a sua boa imagem, construida ao longo de vários anos e que a (ainda) colocam em bom plano ante as suas congéneres.
Parece que nas últimas semanas, a imagem da companhia está a ser destruida, paulatinamente, uma vez que se sucedem atrasos, emergências de vária ordem e outros "imponderáveis", justificados quase sempre com o efeito que os atrasos na entrega dos (seis) novos aviões causam na restante frota que, pelo que se deduz, está a ser submetida a esforço suplementar. E, inclusivamente, já houve que recorrer a "aluguer" de aviões para acudir aos compromissos assumidos.
É sempre de esperar que os gestores da companhia saibam o que estão a fazer, mesmo quando tudo indica que se planearam voos muito para além da capacidade das asas da companhia, mas uma coisa é certa, a imagem da TAP está a degradar-se de forma que pode ser irreversível e tremendamente nociva para o seu futuro. E à esquina, espreita a "privatização"...

Nota: Este texto contém partes opinativas que apenas vinculam o seu autor.

Adenda (17:49h):
«ESCLARECIMENTO SOBRE OCORRÊNCIA COM AVIÃO TAPQUE VOAVA PARA SÃO PAULO ESTA MANHÃ

A TAP informa que o voo TP 085, que operava esta manhã de Lisboa para São Paulo, tendo saído de Lisboa pelas 10h10, teve de regressar ao aeroporto de Lisboa pouco tempo após a descolagem, em virtude de ter ocorrido uma falha numa turbina de um dos reatores do avião. A aterragem em Lisboa decorreu com toda a segurança.
Neste momento, está previsto que os 268 passageiros sigam viagem rumo a São Paulo noutro avião da companhia, com partida cerca das 17h15.
O reator em causa faz parte de um conjunto cuja manutenção está a cargo do fabricante, a General Electric, não tendo até ao momento da descolagem de hoje sido detetado qualquer sinal que justificasse uma intervenção para além das inspeções de rotina.
Estão já a decorrer investigações por parte do fabricante, acompanhadas pela Manutenção & Engenharia da TAP, com o objetivo de determinar as causas da ocorrência.
A avaria referida provocou um ruído fora do normal, embora não tenha havido qualquer explosão, e a segurança da operação não tenha sido colocada em risco.
Quanto ao problema ocorrido com a turbina, e embora a falha do motor tenha sido contida, não provocando quaisquer danos no avião, verificou-se a projeção de alguns detritos pela tubeira de escape. Quaisquer danos daí resultantes serão assumidos pela TAP.»


sexta-feira, 11 de julho de 2014

AIR INDIA INTEGRA OFICIALMENTE A STAR ALLIANCE

Airbus A350 da Air India

A Star Alliance acaba de dar hoje, dia 11 Julho 2014, as boas-vindas à Air India como membro da sua família global de companhias aéreas, em Nova Deli, abrindo assim aos clientes da rede da Star Alliance em todo o mundo o acesso à ampla rede doméstica da companhia nacional indiana, no quinto maior mercado da aviação mundial.

A Air India passa agora a oferecer todos os benefícios dados aos clientes da Star Alliance em toda a sua rede e, por sua vez, os clientes da Air India podem também desfrutar dos mesmos benefícios quando viajarem em qualquer uma das outras 26 companhias aéreas membro da Aliança.

"Este é um dia importante para nós. Temos dito desde há muitos anos que precisávamos de uma companhia nacional forte no mercado indiano e ao dar as boas vindas à Air India na nossa família Star Alliance, conseguimos alcançar esse objetivo ", afirmou o CEO da Star Alliance,  Mark Schwab. “Sabemos que a ‘nova’ Air India está ansiosa para proporcionar os benefícios da Star Alliance a muito mais viajantes.”

Rohit Nandan, presidente e director-geral da Air India afirmou: “A Air India tem orgulho de ser um membro desta prestigiada aliança de companhias aéreas. A partir de hoje, abrimos um mundo completamente diferente aos nossos passageiros, os quais podem agora viajar para mais de 1.300 destinos em toda a rede, dispondo de um serviço de categoria mundial, assim como da melhor conectividade e consistência de serviços onde quer que vão”.

A Air India acrescenta um total de 400 voos diários e mais de 40 novos destinos na Índia à rede da Star Alliance. O maior crescimento resulta do seu mercado doméstico, servido até agora  por 13 companhias da Aliança, com operações para 10 destinos e uma quota de mercado de 13 por cento, a qual sobe agora para 30 por cento com a adesão da Air India. Os passageiros passam a beneficiar de um leque de opções amplo em rotas que ligam a América do Norte, Europa, Ásia e Austrália, através do subcontinente indiano. No total, a rede da Star Alliance conta com 27 companhias aéreas membro, oferecendo mais de 18.500 voos diários, servindo 1.316 destinos em 192 países.

A Air India oferece agora through check-in até ao destino final, tanto para passageiros como para bagagens, em voos de ligação operados por qualquer companhia aérea membro da Star Alliance, proporcionando assim uma experiência de viagem única e sem qualquer interrupção, beneficiando os passageiros do facto de não precisarem de recolher os seus cartões de embarque para voos de ligação nos aeroportos de transferência e, nos casos em que a  regulamentação alfandegária local o permita, também as respectivas bagagens serão despachadas directamente até ao destino.

Passam também a estar disponíveis os benefícios recíprocos para passageiros frequentes do programa Flying Returns da Air India e dos programas de fidelização das outras companhias aéreas membro, que garantem aos clientes mais opções para ganhar e converter milhas, ter upgrade e obter o estatuto Gold da Star Alliance.

Os membros do programa Flying Returns que possuem estatuto Maharajah Club ou Golden Edge Club adquirem agora também, automaticamente, o estatuto Star Alliance Gold, obtendo acesso a mais de 1.000 lounges em aeroportos de toda a rede. Os clientes de estatuto Gold podem também fazer check-in em balcões exclusivos, transportar mais bagagem e ter prioridade de embarque e na entrega de bagagens. Todos esses benefícios são também oferecidos pela Air India aos clientes titulares de estatuto Star Alliance Gold noutros programas de passageiro frequente.

A rede da Air India compreende 50 destinos na Índia e 33 internacionais, servindo 23 países. A adição de mais de 40 destinos únicos no mercado interno oferece aos passageiros uma excelente conectividade entre os principais centros de negócios. Entre os novos destinos destacam-se os pólos industriais de Aurangabad e Vadadora; Indore, que é a sede de muitos fabricantes de produtos farmacêuticos; O centro de têxteis e engenharia Coimbatore e Jamnagar, a “cidade do petróleo” da Índia. A Air India serve também destinos turísticos populares, como Goa, Cochim, Madurai e Jaipur.

Como parte integrante da rede da Star Alliance, a Air India participa agora em vários produtos tarifários da Aliança e nas soluções para tráfego de negócios.

Para o sector de viagens de negócios, os voos da Air India podem ser incluídos nos acordos  Star Alliance Corporate Plus, destinados a grandes empresas multinacionais. Para o mercado das convenções e reuniões, a Air India vai passar a oferecer os produtos específicos para esse sector,o Star Alliance Conventions Plus e Meetings Plus.

A Air India passa também a oferecer o produto tarifário mais popular da Aliança, o Star Alliance Round the World (RTW). Disponível em Primeira, Executiva e Classe Económica, esta tarifa permite aos clientes fazer viagens de volta-ao-mundo na rede conjunta das 27 companhias aéreas membro. Os clientes podem agora usar todos os voos da Air India no momento da reserva da sua tarifa RTW, quer através do Book & Fly, ferramenta de reservas online*, de uma companhia aérea ou agência de viagens.

Alguns dos voos da Air India serão também incluídos no produto Star Alliance Circle Pacific, para viagens circulares de ida-e-volta abrangendo os países asiáticos ao largo do Pacífico, os principais hubs internacionais na costa do Pacífico do Canadá e dos EUA, bem como o Pacífico Sul (sobretudo a Austrália e Nova Zelândia).

Finalmente, a Air India passa a integrar igualmente o Asia Airpass, juntamente com todas as outras companhias aéreas da Star Alliance com base na Ásia. Este produto tarifário específico  está disponível para todos os visitantes de outros continentes na região, que viajem numa companhia aérea da Star Alliance permitindo-lhes viajar pela Ásia para um conjunto de 277 destinos no total.

Fonte: TAP

quarta-feira, 9 de julho de 2014

PIZZA PARA TODOS!

Airbus A320 da Frontier Airlines. Imagem não creditada.

«Devido ao mau tempo e à falta de combustível, um avião norte-americano que fazia a ligação entre Washington e Denver, no Colorado, teve de ser desviado para Cheyenne, no estado do Wyoming, onde os passageiros tiveram de esperar várias horas para poderem voar novamente. Enquanto esperavam, o piloto da companhia aérea «Frontier Airlines» encomendou pizzas para todos os passageiros, escreve o «Telegraph».
Gerhard Bradner teve pena das 160 pessoas a bordo do Airbus A320 e resolveu oferecer pizzas por sua conta. Segundo as declarações de um dos passageiros, o anúncio da encomenda foi feito pelo próprio Bradner.
«Senhoras e senhores, a Frontier Airlines é conhecida por ser uma das companhias aéreas mais baratas dos Estados Unidos. Mas o vosso piloto não é barato e eu já encomendei pizzas para o avião inteiro», declarou o piloto enquanto o avião esperava para voltar a voar.
Andrew Ritchie, gerente da pizzaria Domino em Cheyenne, afirmou à «Associated Press» que a encomenda foi feita às 10 horas da noite quando estava prestes a mandar os seus empregados para casa e que, no total, foram pedidas 35 pizzas.
O avião acabou por partiu de Cheyenne às 10 horas e 30 minutos, minutos depois da entrega das pizzas, e aterrou em Denver, em segurança, 15 minutos depois.
A «Frontier Airlines» é uma companhia aérea «low-cost» fundada em 1994 que voa para 78 destinos.»

Fonte: TVI24

terça-feira, 8 de julho de 2014

50 ANOS DO AEROPORTO DA MADEIRA

 Aterragem de um A330 da TAP.
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O Aeroporto Internacional da Madeira completa hoje meio século de existência.
Trata-se de uma infraestrutura vital para uma região insular como é a Região Autónoma da Madeira, cuja economia depende em larga escala do turismo.
O Aeroporto local assume, por isso, uma importância absolutamente fundamental e por isso mesmo, desde o seu aparecimento, sofreu diversas transformações de modo a adaptar-se às necessidades do tráfego aéreo crescente e ao incremento da segurança nas operações, factos que se foram aliando à necessiade da região possuír um acesso aéreo "digno", tendo em conta a aposta turística que os governantes sempre foram alimentando.
Durante muitos anos foi algo estigmatizado por ser servido por uma pista muito curta (1600 e depois 1800 metros), facto que fez consubstanciar a ideia de que as aterragens e descolagens se faziam de modo abrupto e não raras vezes nos limites da segurança. 
No fina de década de 70 foi palco de um grave acidente, quando um Boeing 727-200 da TAP saiu de pista, sob muito más condições atmosféricas, causando inúmeras baixas. Este acidente foi, até hoje, a pior "mancha" na história deste aeroporto.
Cientes da especificidade da estrutura, as autoridades nacionais e regionais desenvolveram ações tendentes a transformar o aeroporto existente numa estrutura mais moderna e segura, muito embora também conscientes de que a orografia do terreno seria (e será) impossível de tornear de modo a evitar os constrangimentos que a ação dos ventos provoca nas operações aéreas, independentemente do maior ou menor comprimento da pista.

O Aeroporto da Madeira é hoje uma estrutura de que os madeirenses se orgulham e que permite relativizar as distâncias intrínsecas à insularidade.
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O desejo de prolongar a pista e, assim, poder vencer uns dos constrangimentos nas operações - a então impossibilidade de operação de aviões de maior porte -  viria a ser concretizado anos mais tarde, no virar do século XX para o XXI, com a inauguração do "novo" aeroporto, com ampliação da pista - dos já referidos 1800  metros (06-24) para 2781 metros, reposicionamento para 05-23, sendo que a obra de engenharia que permitiu o prolongamento da pista é uma das mais notáveis a nível mundial. Hoje o aeroporto permite a operação de aeronaves de todo o tipo, até ao Boeing 747 e a maior aeronave que, no presente, opera a partir deste aeroporto é o A330 e exporadicamente o Boeing 767.
É também um aeroporto que, pela sua localização, não é propriamente fácil em algumas situações, nomeadamente na presença de ventos curzados e nebulosidade baixa, e pelo faco de, por um lado ser rodeado de mar e pelo outro de uma encosta de montanha.
Volvidos então 50 anos sobre a sua inauguração, o Aeroporto Internacional da Madeira está dotado de bons acessos rodoviários, está ligado à capital insular - Funchal - por uma moderna via rápida que facilmente vence os cerca de 20 km de distância, e é hoje, portanto, uma estrutura moderna, dotada como já se referiu de uma pista com 2781 metros de comprimento, 15 posições/slots para o estacionamento de aviões, aerogare, amplos parques de estacionamento para centenas de automóveis, serviço de autocarros e taxis e aluguer de automóveis.


O enquadramento paisagístico do aeroporto é um dos mais belos do mundo.
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Para além de tudo isto, o enquadramento paisagístico desta estrutura aeroportuária é de uma beleza ímpar, permitindo ao passageiro excelentes perspetivas para aquela zona da ilha e, simultâneamente, já congregou uma verdadeira legião de entusiastas (spotters) que o demandam para o registo fotográfico das operações aéreas, sendo possível obter imagens de rara beleza, a que é impossível ficar indiferente.
O Aeroporto da Madeira é hoje, por tudo isto, uma estrutura de que a região e o país se podem orgulhar e que está, obviamente de PARABÉNS, pelos 50 anos ao serviço das pessoas, encurtando as distâncias físicas e afetivas entre aqueles que dele fazem uso.

Vista geral do aeroporto da Madeira na atualidade. A fotografia revela, também, a notável obra de engenharia que possibilitou o prolongamento da pista. Foto: Miguel Nóbrega.

Vista noturna do aeroporto. Foto: Rui Sousa.


Agradecimentos: Alexandre Maio e Ricardo Marques pela ajuda da elaboração desta edição, Miguel Nóbrega e Rui Sousa pelas fotos cedidas.
Edição e texto: Pássaro de Ferro


PILOTO IMPEDE CO-PILOTO DE REGRESSAR AO COCKPIT


O atraso do co-piloto irritou o comandante, que o trancou fora da cabine de pilotagem, num voo da companhia aérea Air New Zealand.

A companhia aérea Air New Zealand suspendeu os dois pilotos, depois de durante um voo, o piloto impedir o co-piloto de regressar ao seu posto, devido a tensões entre os dois homens, revelou a empresa no domingo passado domingo.
O voo que saiu de Perth (Austrália) com direção a Auckland (Nova Zelândia) no dia 21 de maio, foi atrasado porque o co-piloto foi submetido a um teste aleatório de drogas e álcool, indicou a companhia.

"Este atraso irritou o piloto", explicou à AFP o responsável pela segurança da Air New Zealand, Errol Burtenshaw. Durante o voo, o co-piloto fez um intervalo e foi tomar o café junto com outro membro da tripulação. Mas quando quis retornar à cabine, o piloto não respondeu aos seus chamamentos para que abrisse a porta.

"O comandante não respondeu aos seus apelos e não abriu a porta porque se aproximava de um ponto de notificação, e via no seu monitor um membro da tripulação chamando, e não o co-piloto", acrescentou Errol Burtenshaw.

A companhia aérea investigou este incidente em pleno voo, que provocou por alguns momentos o medo da tripulação.
A Air New Zeland enviou as suas conclusões às autoridades de aviação e suspendeu o piloto durante duas semanas e o co-piloto durante uma semana.
Os dois homens receberam uma formação adicional e ajuda psicológica, para ajudá-los a gerir este tipo de tensões.

Fonte: Exame
Adaptação: Pássaro de Ferro

segunda-feira, 7 de julho de 2014

SE VAI VIAJAR PARA OS EUA, LEIA ISTO

Boeing 757 da US Airways

«Se vai viajar para os EUA, o mais seguro é carregar todos os seus aparelhos eletrónicos antes de sair de casa. O receio de que o país seja alvo de um ataque terrorista levou à implementação de novas medidas de segurança em vários aeroportos pela Autoridade de Segurança dos Transportes (TSA) norte-americana.
A iminência de um ataque terrorista, motivada pela recente atividade dos jihadistas em países do Médio Oriente, levou a que a TSA emitisse, este domingo, um comunicado onde sublinha que os "aparelhos eletrónicos sem bateria não serão permitidos nos voos" que se dirijam para os EUA. A verificação dos mesmos será mais intensa que o normal e poderá ser pedido aos passageiros que liguem os aparelhos. Se estes não estiverem carregados, os seus proprietários poderão ser sujeitos a "controlo suplementar".
A possibilidade de os tablets, smartphones e computadores privados poderem servir de bombas é um receio latente. A Reuters noticiou que será dada especial atenção ao iPhone e aos Galaxy da Samsung, que são tidos como os mais passíveis de serem utilizados neste tipo de ataques.
A utilização dos aparelhos eletrónicos não é a única preocupação das autoridades norte-americanas, que também temem que os terroristas utilizem métodos mais criativos, que passam por esconder as bombas dentro do próprio corpo. Esta técnica torna mais difícil detetar possíveis engenhos. Sabe-se que os EUA vão apostar em scans mais avançados.
Os voos que mais preocupam as autoridades norte-americanas são os do Médio Oriente e da Europa. As autoridades acreditam que alguns elementos da organização terrorista Al-Qaeda treinam o desenvolvimento de bombas cada vez mais sofisticadas em solo europeu.
Ainda não se sabe quais são os aeroportos que vão cooperar com os norte-americanos.»


Fonte/notícia: Expresso

LUFTHANSA E AIR CHINA ESTEBELECEM PARCERIA

 Boeing 747-830 da Lufthansa.

Carsten Spohr, presidente do Conselho Executivo da Lufthansa e Song Zhiyong, presidente e diretor executivo da Air China Limited, assinaram um memorando de entendimento para reforçar a parceria comercial como parte de uma joint venture, durante uma recente visita de Carsten Spohr à China. 
As duas empresas também assinaram um memorando de entendimento para expandir a colaboração na área dos serviços de manutenção, reparação e revisão das suas aeronaves. 
Como membros da Star Alliance, Lufthansa e Air China já estão ligados há alguns anos mas pretende-se que este memorando de entendimento deva "cimentar" o caminho para a criação de uma joint venture comercial entre a companhia aérea alemã e Air China. 
Esta parceria vai adicionar-se aos joint ventures existentes com a United Airlines e a Air Canada entre a Europa e a América do Norte (desde 1998) e com a ANA (desde 2012) em rotas entre a Europa eo Japão.
O acordo com a Air China irá permitir que o grupo Lufthansa e respetivos aviões tenham um melhor acesso para o segundo maior mercado de aviação do mundo, depois dos EUA. 

Airbus A330 da Air China.

O novo acordo de parceria deverá entrar em vigor já no início do calendário de voos de Inverno no final de outubro de 2014.
Desde 2007 que a Air China (a maior companhia aérea da China.) é membro da Star Alliance, a maior aliança de companhias aéreas do mundo, com quase 49 milhões de passageiros transportados.

Fonte: WAN
Tradução e adptação: Pássaro de Ferro

domingo, 6 de julho de 2014

IMAGENS DE UMA "QUASE" COLISÃO, ONTEM EM EL PRATT - BARCELONA



Ontem, dia 5 de julho, um Boeing 767-300 da UTAir que provinha de Moscovo com destino a El Pratt, em Barcelona, teve de abortar a aterragem, quando um A-340-300 das Aerolineas Argentinas cruzou a pista.
As imagens ilustram o momento em que os pilotos do 767 percebem o que está acontecer por baixo do seu avião e abortam a aterragem.
Não sendo um acontecimento e manobra invulgares, não deixa de causar alguma sensação no observador exterior.
Como é evidente, aguardam-se explicações por parte dos responsáveis pelo controle do tráfego aéreo do aeroporto da capital catalã.

ALUGER DE AVIÕES PELA TAP CUSTA 3 MILHÕES DE EUROS


«O fretamento de aviões foi a única alternativa encontrada pela TAP para contornar o "atípico" mês de junho, mas a fatura a pagar pela companhia será pesada. Ao que o Dinheiro Vivo apurou, a TAP gastou três milhões de euros para pedir "emprestados" 186 aviões a outras companhias e, desta forma, assegurar a continuidade da operação.
A TAP confirma que o aluguer de aviões a outras companhias ajudou a contornar os problemas das duas últimas semanas e lembra que, com onze novas rotas a abrir para o verão, este modelo irá continuar a assegurar o bom funcionamento do serviço, enquanto os seis novos aviões encomendados para enfrentar o aumento de rotas não chegam.
"Temos privilegiado o fretamento em Portugal, a companhias como a White, EuroAtlantic, SATA ou Hi Fly. Mas por causa do Mundial do Brasil também não há muitos aviões disponíveis", assegurou fonte oficial da TAP ao Dinheiro Vivo, acrescentando que algumas companhias estrangeiras, como é o caso da Iberia, também têm conseguido ajudar.
Nas últimas semanas, a companhia aérea de bandeira sentiu algumas dificuldades. Tudo começou com o atraso de dois aviões (dos seis comprados pela companhia) cuja entrega estava prevista para junho, mas não foi só: este mês a companhia aérea enfrentou duas greves de controladores, uma em França e outra na Bélgica; uma greve não anunciada em Berlim; uma mini-greve na Groundforce; um problema no sistema de bagagens do aeroporto de Heathrow em Londres e até um problema elétrico no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, que atrasou também atrasou a operação.
Ainda assim, números cedidos ao Dinheiro Vivo, mostram que nos primeiros seis meses do ano foram cancelados apenas 250 voos entre os 50.800 operados (350 voos por dia). Recorde-se que só a greve de controladores em Françacancelou 40 voos.
"Com um load-factor de mais de 80%", a tarefa de reemcaminhar passageiros foi mais difícil. No entanto, a companhia espera que tudo volte à normalidade em julho, quando os aviões chegam.»

Fonte: Dinheiro Vivo


AS "OUTRAS" CORES DA TAP


Por estes dias, para dar sequência a compromissos que a TAP firmou com a (prevista) entrada ao serviço de mais 6 aviões para a sua frota (2 A330 e 4 A320/319) e tendo em conta (sobretudo) os atrasos na prontidão dos 2 A330 (CS-TOQ e CS-TOR), a transportadora aérea de bandeira portuguesa viu-se "obrigada" a alugar aviões para dar sequência a todos esses compromissos assumidos.
Deste modo, este Airbus A330 da Ucraniana "Windrose" tem efetuado alguns voos que normalmente são operados também com o A330, mas com as cores nacionais, sobretudo para o destino Fortaleza, no Brasil.
Apesar de alguma polémica e de alguns sobressaltos no cumprimento dos horários - a que não serão alheios motivos que se prendem com o crescimento da procura no verão e o Mundial de Futebol em terras de Vera Cruz - não deixa de ser inusitado ver estes aviões, temporariamente, a voarem sob batuta lusitana.

Agradecimento ao Vitor Costa pela cedência da foto.


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