Boeing 737-800 da Transavia, no Aeroporto da Madeira, Junho 2010
Desde pequeno que a palavra
Boeing, para mim, significa avião de transporte de passageiros.
Na minha família houve emigrantes, sobretudo nos Estados Unidos que, quando iam ou vinham, faziam questão de me dizer que viajavam em aviões
Boeing, fosse nas operadoras norte-americanas, fosse na TAP.
Portanto Boeing era uma designação que significava reencontro ou partida, mas sempre sob o símbolo de "umas grandes máquinas", capazes de voar horas seguidas sobre o mar.
Eu nem conhecia a Airbus. Durante muito tempo, pensei ser a Boeing a única construtora de aviões civis do mundo. Todos os aviões que, lá no alto, traçavam o céu eram Boeing...
A Boeing enchia as medidas do meu interesse pela aviação civil.
Depois, sem ironia, o meu baptismo de voo viria a acontecer, justamente, num Boeing. Um 737-200 da TAP, que me transportou, algures em 1991, entre Lisboa e a Madeira (Funchal).
A viagem foi feita sem companhia. Viajei sozinho, juntamente com a minha condição militar, preparando-me para abraçar um ano voluntário na Madeira.
Absorvi todos os segundos do voo, desde que entrei no avião até ao momento em que saí.
Vibrei com o acto do voo, com o ruído dos motores turbo-jacto, com os inversores de impulso quando ele aterrou naquilo a que chamei "pedaço de estrada" que era, na altura a pista do Aeroporto da Madeira.
É como andar de bicicleta. Não se esquece.
O Boeing 737, nas suas tantas "mutações", é o avião em que conquistei o privilégio do voo.
Hoje, volvidos quase 20 anos, ele aí está, para que conste, como uma das marcas mais importantes na história da aviação civil e, certamente, o avião de muitas gerações e de outras tantas viagens!
Crédito na foto